- Área: 910 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:LINK studio
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Fabricantes: Asian Paints, Duravit, Saint-Gobain
Descrição enviada pela equipe de projeto. A encomenda dos clientes era criar uma boate noturna a ser projetada nas melhores propriedades da cidade de Hyderabad. Seria um lugar que atrairia pessoas à primeira vista. O cliente desejava ter um tema náutico de dentro para fora, desde a comida até a arquitetura. A ideia da arquitetura de contêineres, ainda que adequada, representa um desafio intrigante, sendo possível desenvolver uma expressão que apresenta a ilusão da arquitetura de contêineres, igualmente emocionante, mas sem nenhum de seus defeitos.
A possibilidade de utilizar contêineres reais foi logo descartada em um estágio inicial de projeto. As razões para isso são: limitações de tamanho, instabilidade estrutural e indisponibilidade local. A pele externa se ajusta entre os 30 cm de espessura de vigas H, com chapas de metal ondulado, não como as dos contêineres, mas como a dos caminhões de transporte utilizam na Índia. Essas são encontradas localmente, em comparação com o transporte de folhas de contêineres de uma zona portuária. Esses funcionam ao longo da periferia do edifício, e em alguns momentos se rompem para acomodar o vidro, que oferece uma vista maravilhosa do parte em frente. As folhas metálicas foram pintadas em tons opacos de amarelo, vermelho, azul e verde. Portas de contêineres e o graffiti realizado por artistas locais fazem com que o volume se pareça com autênticos contêineres.
Ao entrar, a natureza dupla leva o usuário à completa surpresa; com a expressão de recipientes sólidos no exterior dissolvendo-se gradualmente, o visitante é recebido por um volume grande, aberto ao céu. Isso abriga um bar de nove metros de comprimento vinculado a uma pista de dança. O cenário no primeiro pavimento tem vistas a maioria dos espaços. Uma escada de chapa metálica dobrada é uma das duas escadas que levam as pessoas ao primeiro pavimento. Os volumes das projeções no exterior se traduzem em espaços íntimos de salão de refeições no interior. As paredes são visíveis através do grande envoltório da fachada de vidro transparente que rodeia o pátio central. As paredes foram pensadas como uma pintura de Piet Mondrian, com a grande tela branca que compõe a maior parte dessas paredes visíveis, interrompidas intermitentemente por cores primárias. Essas paredes brancas recebem luzem embutidas e automatizadas que fazem o lugar mudar de cor pouco a pouco. A maior parte da grande envolvente de vidro que rodeia o pátio central pode ser aberta, com um trilho protetor por trás, que assegura que os usuários se sintam conectados com o artista que toca a música. Isso também confere ao espaço flexibilidade, uma vez que pode ser aberto ao clima fresco ocasionalmente, em comparação com sentar-se no ar condicionado por trás de um vidro fixo o tempo todo.
Os elementos que compõem o interior são peças reais recuperadas de navios quebrados. Estes incluem uma série de janelas, tubos de vapor, ganchos de alavanca e correntes, bússolas, além de um telégrafo que da ordens ao motor. Há uma série de aletas metálicas fabricadas montadas em pequenos motores de ventilação, por trás de malhas metálicas que imitam o movimento de uma hélice. Todas as paredes que tem comprimento de seis metros ou mais foram revestidas com aletas feitas em fibra de madeira, de densidade média e impermeável, parametricamente dispostas para imitar as ondas do mar. As formas náuticas estão estampadas no piso de cimento em locais estratégicos. Uma tartaruga, um molusco, um cavalo marinho, um fóssil de peixe, rompem a monotonia da grande extensão do piso de concreto.